navego a cidadenum lés a lés de palavras…
e sílaba após sílaba,descanso o olharnos beijos da tua nudez…
e a pele é o silêncio de nós
sílaba após sílaba
Não me roubes
Não me
roubes a madrugada
Deixa que o sol venha como todos dias,
Que brilhe lá no horizonte…
Não me roubes o mar
Deixa que as ondas tragam vida
E descansem nas areias doiradas…
Hoje queria ser eu a roubar-te
Um beijo,
Um abraço até…
Espero as palavras que me dizes
À pressa
Enquanto a cama se desfaz em novelos
De desejo.
âncora no horizonte
cai cedo a tarde de nós…
corres no labirinto,miragem de tanto ocasoque te marcam o rosto.barreiras de mágoaslançam âncora no horizonte,o teu olhar traz o mundo.o silêncio urgentecala a imagem do desejoe o amanhãperde-se nos dias que nos falta viver
Sidónio Araújo
É (William Shakespeare)
"É melhor ser Rei do teu Silêncio...
Do que Escravo das tuas Palavras…"
William Shakespeare
E depois
"Isto às vezes é tremendo porque a gente quer exprimir sentimentos em relação a pessoas e as palavras são gastas e poucas. E depois aquilo que a gente sente é tão mais forte que as palavras..."
António Lobo Antunes
I'll ...I Know..I want...I've
"I Know Your sadness I Know Your loneliness to be.. I'll never leave 'cause I need you for me I'll never turn you away I'll always want you to stay I know you,I know your weeping tears I've seen you cry as I wipe them from side to side. I know your fears as I push them away.. Because I want you to stay.. How many times have I seen you this way After all we've been through you should know There's no reason that I'd ever go I know you,I know your face.. I've walked alone in the sun Walks that would end in a run Runs at a maddening pose that would end in your arms as my mind continues to run.. I'll never leave 'cause I need you for me Need you to hold me this way Need you to want me to stay I know your sadness, I know your love is loneliness..."
Wayne Woolworth
A mulher de trinta anos
" Uma mulher de trinta anos possui atrativos irresistíveis para um rapaz; nada há mais natural, mais poderosamente urdido e melhor preestabelecido que as afeições profundas de que a sociedade nos oferece tantos exemplos entre uma mulher como a marquesa e um jovem como Carlos de Vandenesse. De fato, uma jovem tem demasiadas ilusões, demasiada inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor, para que um homem possa sentir-se lisonjeado, enquanto uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem que fazer. Uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas às do amor; a outra obedece a um sentimento consciencioso. Uma cede, a outra escolhe. Essa escolha já não é por si uma imensa lisonja? Dotada de um saber quase sempre caramente pago por desgosto, dando-se, a mulher experiente parece dar mais que a si própria; enquanto a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar, ela aceita o amor e estuda-o. Uma instrui-nos, aconselha-nos numa idade em que se gosta de ser guiado, em que a obediência é um prazer; a outra tudo quer saber, e, onde esta se mostra apenas ingênua, mostra-se a outra profundamente terna. Aquela apresenta-nos um só triunfo, esta obriga-nos a combates perpétuos. A primeira só tem lágrimas e prazeres; a segunda, voluptuosidades e remorsos. Para que uma jovem seja a amante, deve estar demasiado corrompida, e então a abandonamos com horror; enquanto uma mulher possui mil meios de conservar ao mesmo tempo o poder e a dignidade. Uma, extremamente submissa, oferece-nos tristes garantias de repouso; a outra perde demasiado para não pedir ao amor as suas mil metamorfoses. Uma desonra-se apenas a si; a outra mata em proveito do amante uma família inteira. A jovem tem apenas uma vaidade e crê ter dito tudo, despindo o vestido; porém a mulher tem-nas em grande número e oculta-se sob mil véus; enfim, ela acaricia todas as vaidades, e a noviça apenas lisonjeia uma. Há, além disso, no amor da mulher de trinta anos, certas indecisões, terrores, receios, perturbações e tempestades o amor de uma jovem nunca pode oferecer. Chegando a essa idade, a mulher pede ao jovem que lhe restitua a estima que lhe sacrificou; só vive para ele, ocupa-se do seu futuro, deseja-lhe uma linda existência, torna-a até gloriosa; obedece, pede e ordena, abaixa-se e eleva-se e sabe consolar em mil ocasiões em que à jovem apenas é da do gemer. Enfim, além de todas as vantagens da sua posição, a mulher de trinta anos pode tornar-se jovem, representar todos os papéis, ser pudica e embelezar-se até com a própria desgraça. Entre ambas, encontra-se a diferença incomensurável do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de deixar de sê-lo, nada deve satisfazer."
Honoré de Balzac
Existem golpes que vêm de dentro
“A vida é toda um processo de demolição. Existem golpes que vêm de dentro, que só se sentem quando é demasiado tarde para fazer seja o que for, e é quando nos apercebemos definitivamente de que em certa medida nunca mais seremos os mesmos.”Scott Fitzgerald
Um sábado (O Grande Ditador, Charles Chaplin)
Um sábado iluminado para vocês!!! O Caminho da Vida O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
O último discurso do filme O Grande Ditador, Charles Chaplin
Nós
“A pressa não respeita as pessoas. Nós não fomos feitos para ter pressa.
Fomos feitos para estarmos uns com os outros."
Miguel Esteves Cardoso
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