"É acreditando nas rosas que as fazemos desabrochar."
Anatole France
reescrevo as palavras
que me ofereces na manhã de todos os dias.
gosto de saboreá-las,
senti-las minhas…
o dia acorda melhor assim
quando bebe a madrugada de tantos sonhos e frases indizíveis ou mesmo somente sussurradas…para trás ficaram fadas e duendes na floresta dos teus cabelos…as mãos, árvores dizentes, dançam na beira dos corpos feitos caminhos,a melodia que trauteias é agora o som de todo o infinito, horizonte feito azul que traz a memória dos sentidos…e eu descanso o meu poema no teu olhar…
"The picture is clear
The beauty shown seems like you have no fears
I fear you not
What you see isn't true
The cracks in the mirror reveal the real youYou see your scars,you see your painThe makeup and tears running down your faceThe sorrow and painTry taking down the mirrorIt won't help,the pain and hurting insideIs the end of it allThe broken reflection lays on the floorBut never see daylight again.Darkness and stars shoot across the sky,I can see it from where I lie,The sun is setting, going to sleep,The dark surrounds,like the ocean deep,The stars come, twinkling lights,Glittering diamonds, What a sight,I lie in the grass and up I stare,My body goes numb as I forget all my cares.I like to gaze up at the stars,So I can forget my cares and all my scars,I have no one to look after me,The real me is someone no one can see,So I'll wait until I find some sort of love,And until then it's just me and the stars above."
"Aí estás tu à esquina
das palavras de sempre
amor inventado numa indústria de lábios
que mordem o tempo sempre cá.
E o coração acontece-nos
como uma dádiva de folhas nupciaisnos nossos ombros de outono.Caiam agora pálpebrasque cerrem o sacrifícioque em nossos gestos há de sermos diários por fora .Caiam agora que o amor chegou."
"Em que língua se diz, em que nação,
Em que outra humanidade se aprendeu
A palavra que ordene a confusão
Que neste remoinho se teceu?Que murmúrio de vento, que douradosCantos de ave pousada em altos ramosDirão, em som, as coisas que, calados,No silêncio dos olhos confessamos?"
Nuno Júdice
(...) "É o seu coração que sempre me procurapara oferecer-me a capacidade e a alegria de voarpara lá do azul do céu e para lá da imensidão do mar,muito para além dos bosques, das searas,e mais alto, ainda mais alto que o cume friodas montanhas. Sem nunca chegar ao fimde nada, mas ao iníciode tudo."
"Talvez digas um dia o que me queres,Talvez não queiras afinal dizê-lo,Talvez passes a mão no meu cabelo,Talvez eu pense em ti talvez me esperes.Talvez, sendo isto assim, fosse melhorFalhar-se o nosso encontro por um trizTalvez não me afagasses como eu quis,Talvez não nos soubéssemos de cor."