"entraste
Entraste na casa do meu corpo,
desarrumaste as salas todas
e já não sei quem sou, onde estou.
O amor sabe. O amor é um pássaro cegoque nunca se perde no seu voo."
Casimiro de Brito
"entraste
Entraste na casa do meu corpo,
desarrumaste as salas todas
e já não sei quem sou, onde estou.
O amor sabe. O amor é um pássaro cegoque nunca se perde no seu voo."
"Vislumbrei um clarão no mistério da sua presença...
...Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer..."
"Olha. Olha sempre. Olha muito. Olha com olhos de tocar, com olhos de sentir, com olhos de abraçar, de amar, de odiar até. Mas olha, Nunca deixes de olhar. É pelos olhos que a vida acontece. Mesmo que estejas com eles fechados, mesmo que eles não consigam ver. É pelos olhos que a vida acontece."
"Se houver amor na sua vida, isso pode compensar muitas coisas que lhe fazem falta. Caso contrário, não importa o quanto tiver, nunca será o suficiente."
Envelhecemos com as palavras ou elas connoscodigo amor e já não corro precipitadamentepela escadaria de pedra com enormesanjos de facas sobre as nossas cabeças
que me levava ti nas manhãs em que o desejo
(a que evidentemente dávamos
outro nome mais brando )
e nos rebentava o corpo como o pólen
das árvores na primavera
e ainda não sabíamos sequer
que transportávamos em nós
a doença incurável das noites que não iriam ser as que esperávamos
já não sigo no teu corpo os sulcos
largados pelos meus dedos na hora apressada do regresso a casa
nem abafo na amurada de todas as partidas
o gesto com que não soube prender a tua fuga
digo amor e estão muito longe
as maneiras subtis de te levar escondido
entre cadernos e camélias e dilacerados sorrisos
de fim de festa
pior do que isso:
nem sequer preciso de dizer amor
para que ele se desfaça nos terrenos baldios
do meu sangue onde os teus passos
durante tantos anos o procuraram
e ilumine as horas em que o eco da tua voz
traz consigo as espadas que os anjos de pedra
então nos apontavam.que me levava ti nas manhãs em que o desejo(a que evidentemente dávamosoutro nome mais brando ) e nos rebentava o corpo como o pólendas árvores na primaverae ainda não sabíamos sequerque transportávamos em nósa doença incurável das noites que não iriam ser as que esperávamosjá não sigo no teu corpo os sulcoslargados pelos meus dedos na hora apressada do regresso a casanem abafo na amurada de todas as partidaso gesto com que não soube prender a tua fugadigo amor e estão muito longeas maneiras subtis de te levar escondidoentre cadernos e camélias e dilacerados sorrisos de fim de festa pior do que isso:nem sequer preciso de dizer amorpara que ele se desfaça nos terrenos baldiosdo meu sangue onde os teus passosdurante tantos anos o procurarame ilumine as horas em que o eco da tua voztraz consigo as espadas que os anjos de pedraentão nos apontavam.
"Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste
minuto, desta hora, desta vida.
Lembra que o que importa é tudo
que semeares, colherás. Por isso, marca a tua passagem. Deixa algo de ti, do teu minuto, da tua hora, do teu dia, da tua vida."
Danço a noite em palavras soltasE espero no teu beijoO poema que me ofereceO êxtase da madrugada…
Queria escutar a voz das estrelas,do mundoe saborear a inocência dos versos que te escrevi...
os gestos feitos poemaolham o teu rosto,e as sílabas, deitadas a teus pés,adoram a nudez do ciúme...
a metáfora do desejoesconde-se na janela aberta para o horizonte,enquanto as nossas silhuetas caminham nas cores do arco iris
navego a cidadenum lés a lés de palavras…
e sílaba após sílaba,descanso o olharnos beijos da tua nudez…
e a pele é o silêncio de nós